Maio amarelo e as lesões causadas por acidentes de trânsito

O Maio Amarelo é um mês de alerta sobre a segurança no trânsito. Por isso, vamos falar sobre as lesões causadas pelos acidentes de trânsito. O dano mais comum que uma pessoa sofre ao acidentar-se no trânsito está diretamente ligado à coluna cervical e ao pescoço. Na maioria das vezes, essas lesões são provocadas pelo movimento da cabeça em relação ao tórax durante os acidentes. Estudos indicam que 46 mil pessoas morrem em acidentes de trânsito por ano no Brasil. Estatisticamente, para cada morte, quatro sobrevivem com sequelas, o que representa elevado custo financeiro ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Quando estamos dentro de um carro em movimento, nosso corpo está com a mesma velocidade que ele. No entanto, durante uma freada brusca ou quando o veículo se choca com outro e para, o corpo tende a manter o estado de movimento. O resultado disso é que motorista e passageiro são projetados para frente, causando graves lesões. Pode ocorrer a fratura na coluna que leva à compressão da medula e ao déficit da função neurológica, ou seja, o trauma pode afetar funções motoras sensitivas e muitas vezes a pessoa passa a se locomover em cadeira de rodas.

Esses acidentes podem provocar também inúmeros traumatismos, fraturas ósseas e problemas em órgãos vitais, como cérebro, coração e pulmões. Depois dos membros inferiores, os politraumatismos nas regiões do tórax e membros superiores são os que mais demandam assistência entre as vítimas de acidentes de trânsito, sobretudo, no que se refere a intervenções cirúrgicas. Fraturas do úmero (osso do braço articulado ao ombro), por exemplo, geralmente afetam o paciente politraumatizado.

O trânsito brasileiro é o quarto mais violento do continente americano, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dentro do país, São Paulo é o estado com maior número de óbitos no trânsito e dirigir alcoolizado é a segunda maior causa. Outros motivos são excesso de velocidade e distração com o uso do celular. Por ano, são mais de 1,5 milhões de ocorrências ? a maioria envolvendo motocicletas (90%) e os demais registros, automóveis (9%).

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