A pubalgia é basicamente uma doença causada por sobrecarga de exercícios. Muito comum em atletas recreacionais e profissionais, especialmente os que praticam esportes nos quais se faz necessária a realização de chutes repetitivos e mudanças abruptas de direção, como futebol, rúgbi, hóquei e tênis, a doença é de difícil diagnóstico por ser facilmente confundida com hérnias inguinais ou impacto femoroacetabular (IFA).

A pubalgia pode ter ser do tipo aguda (pubalgia traumática) ou crônica (pubalgia crônica), causada por repetições. O mecanismo de lesão engloba movimentos de hiperextensão repetitiva do tronco em associação com hiperabdução da coxa, com tração do periósteo na inserção do músculo reto abdominal ou na origem do músculo adutor longo da pelve.

A doença é bem mais frequente nos homens. A teoria mais aceita defende que isso ocorre por causa da inserção do músculo reto abdominal masculino, que tem uma área menor, gerando uma maior tensão na região, se comparado ao da mulher, onde a inserção ocorre em uma área maior. No entanto, a pubalgia também pode acontecer na gravidez. O mecanismo que coloca as gestantes em um perfil de risco é pela hiperpressão na região do púbis, causada pelo aumento global do abdômen em volume e peso.

Para tratar a doença, inicialmente é preciso tirar os fatores mecânicos que desencadeiam o problema, evitando esforços e traumas na região. Medicamentos, como antinflamatórios, analgésicos e corticóides, podem ser usados. Fisioterapia também pode ser associada ao tratamento. Outro recurso é o tratamento por ondas de choque. Raramente se indica o tratamento cirúrgico para pubalgia, mas pode ocorrer em casos de insucesso do tratamento conservador.

A pubalgia pode ser prevenida mantendo a musculatura abdominal e adutora com forças equilibradas, por meio de uma preparação física bem orientada. Também é fundamental que a prática esportiva seja feita com treinos programados e controlados.